Obra de ficçao
Em outubro de 2016, seis dias após se tornar réu na operaçao lava-jato, o ex-presidente da câmara dos deputados, eduardo cunha, foi preso em brasília
Um mês antes, ele já havia tido seu mandato cassado com uma votaçao esmagadora de 450 a favor, 10 contra e nove abstençoes
Antes da cassaçao, cunha anunciou que estava escrevendo um livro, no qual contaria os bastidores do processo de impeachment contra dilma rousseff
A prisao adiou o projeto do político, que pretendia lançar a obra no fim daquele ano
Seu encarceramento, no entanto, serviu de mote para um autor desconhecido, que resolveu testar os limites da ficçao e imaginar os dias do ex-deputado na cadeia
Usando o pseudônimo eduardo cunha, o autor de "diário da cadeia" especula sobre a rotina do ex-deputado desde sua prisao no dia 19 de outubro até a virada do ano para 2017
Brincando com a metalinguagem, o escritor cria o que seriam trechos do livro que cunha prometeu publicar
A narrativa é intercalada entre o dia a dia do político na cadeia, os trechos da obra "original" de cunha e suas reaçoes quando descobre que escreveram um livro usando seu nome
Na obra, ele afirma acreditar que é dilma quem está por trás desta história
No livro "impeachment" escrito pelo pseudônimo, eduardo cunha dedica boa parte da obra ao caso pc farias, fala ainda de sua passagem pela telerj, sua relaçao difícil com as organizaçoes globo e o episódio em que impediu a candidatura de silvio santos à presidência
No seu dia a dia na cadeia, por sua vez, escreve cartas endereçadas a kim kataguiri e a outros amigos do movimento brasil livre e ao juiz sergio moro, se envolve em um desentendimento com o jornalista mario sergio conti e faz também uma poesia em homenagem a michel temer
Repleto de citaçoes bíblicas, "diário da cadeia" é uma sátira de uma das figuras mais polêmicas da história recente do país
Imagens meramente ilustrativas
Todas as informaçoes divulgadas sao de responsabilidade do fabricante/fornecedor.