Um jornalista relembra uma travessia do deserto do saara feita com uma garota quinze anos mais jovem
Durante quarenta dias, o narrador e cláudia atravessaram as paisagens aridas do continente africano e viveram uma experiência marcante, que vai se projetar por muito tempo na vida de ambos
A viagem aconteceu em 1987 e o narrador se poe a contar a história vinte anos depois
Ele é racional e impetuoso
Ela, impulsiva e imatura, mas também espontânea e encantadora
Eles partem de lisboa num jipe abastecido de comida enlatada, alguma bebida alcoólica, uma bússola e um mapa militar dos anos 1950
Os demais integrantes da excursao (mais uma dezena de jipes) vao pelo marrocos, mas o casal entra no continente africano pela argélia, pois dependem de uma licença de filmagem expedida em argel
O jornalista capta imagens que usará em reportagens para revistas e uma televisao portuguesas.a princípio marcada pela distância, a relaçao entre os dois aventureiros se intensifica ao longo da viagem na luta contra o tempo, no enfrentamento da burocracia e da corrupçao argelina, na confusao das cidades africanas e no dia a dia de acampamento e improvisos
A intimidade avança para um sentimento amoroso, que nasce da cumplicidade naquela situaçao adversa: solidao, viagem, silêncio, paisagens inóspitas.vinte anos depois o narrador descobre casualmente que a moça morreu e decide contar a história desse amor para, de alguma forma, reter a felicidade desse encontro na memória
O romance é um acerto de contas emocionado desse jornalista-narrador para com a memória de cláudia, de quem ele guarda poucas fotografias, mas numerosas e intensas lembranças.