Lançado originalmente em 1980, um romance de geração tem a estrutura de uma peça de teatro - mas é um romance
Vindo de minas gerais, o escritor carlos santeiro mora em copacabana, num minúsculo apartamento alugado
O fato de ser autor de um livro de sucesso não o impede de atravessar uma crise total: afetiva, existencial e literária
É nesse estado de espírito que recebe a visita de uma jornalista que escreve uma matéria sobre a literatura brasileira do período da ditadura e da pós-ditadura
Santeiro transforma a entrevista num ato teatral incisivo - um romance breve de sua geração -, questionando sua vida, seus amores, seus ideais estéticos e políticos, sua utopia revolucionária, sua solidão e seu alcoolismo
Contrapondo constantemente a experiência pessoal à peça de um amigo, santeiro/sant'anna se move num mundo que funciona como um jogo de espelhos
Nele, os elementos se confundem e a experiência não gera uma ideia de futuro: uma e outra vez surge a mesma parede cega que parece ser a herança dos que acreditaram nas utopias dos anos 1970
"obra que nasce da dúvida, dos questionamentos, do desconforto do artista diante do próprio fazer literário num momento de opressão." - regina dalcastagnè, universidade de brasília "um dos filmes-fetiche do festival do rio, um romance de geração em>, de david frança mendes, baseado no livro homônimo de sérgio sant'anna, propõe uma brincadeira com a arte de contar histórias, pulando da ficção para o documentário a partir do encontro entre um escritor calibrado a vodca e uma jornalista." - rodrigo fonseca, o globo